sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ONDE QUER QUE VOCE ESTEJA



Nossas imagens se fundiram num tempo
Não determinado
Nos encontramos há séculos
E nem desconfiávamos
Que éramos passageiros
De todos os trens que partem
Nos cincos continentes

Quando você foi para as cidades
Eu fugi para os campos
Exilei-me nas montanhas
Nunca, porem, perdemos contato
A sintonia fina
Que a exata medida
Nos permite ser:
Boca, ouvidos
Olhos, alma
Coração, gente

Para todo o sempre
Nos aproxima a distância
Somos dois sobreviventes
Assim mesmo e de tal modo
Que por onde você esteja
Mesmo que ninguém nos veja
Nunca estaremos ausentes

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