Quando perguntarem
Por sou assim
Errático,
Exposto ao tempo
Diga apenas
Que busco a beleza
E o encantamento
Quando perguntarem
Por que gosto de trocar de alma
E andar na chuva
Diga que é porque minha alma
Não se basta
Quando me apontarem na rua
Visionário
Louco
Desses que viajam pelos escombros
E frequentemente se perdem
Nos labirintos da Via láctea
Diga que essa é uma parte de mim
A outra se perdeu
Em algum lugar que eu não sei
Onde
E eu a procuro desesperadamente
Quando pergutarem porque
Costumo oferecer estrelas
A minha amada
E me escondo em abismos
E castelos
Quando te disserem
Que esse jeito de viver
Não é correto
E condenarem minha lúcida demência
Nada diga.
Simplesmente pense:
É fome de afeto
E carência.
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