Me sinto mais, cansado
Menos disposto a enfrentar o sofrimento
Que a vida proporciona aos lutadores
Entre a inchada e o chicote
Entre os açoites e os cortes
Entre tambores e rezas
Orações ecoam em minha mente
Só confusão mental, depressão, pressão
A morte da esperança, a senzala, a favela, a viela,
O capitão do mato, o capitão da rota, o capetão em volta querendo me tragar,
O senhor do engenho, o empresário,
Me rendem, me temem e assim sentem o medo
Sim o mesmo medo que sinto de sair, o pânico de viver,
O terror, o pavor, a falta de amor,
E assim sentem a dor de ser o que sou:
PRESO
Na prisão sem muro do preconceito
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