quinta-feira, 18 de março de 2010

NOVO AMOR

Triste, amargurado, dolorido...

Este sou eu hoje, esse serei eu amanha
Não sei quanto tempo isso vai durar
Mal sei se vai passar
Sei que a dor me faz vivo
Sei que a sombra de um passado recente me conduz a um caminho sem volta:
Abismo
Preciso de um novo amor
Pra esquecer a dor
Preciso de um amor novo
Pra me encontrar de novo
Preciso de um renovo, amor novo
Amar de novo


Essa é velha heim...tinha 16 anos...

PRISÃO SEM MURO


Me sinto mais, cansado

Menos disposto a enfrentar o sofrimento

Que a vida proporciona aos lutadores

Entre a inchada e o chicote

Entre os açoites e os cortes

Entre tambores e rezas

Orações ecoam em minha mente

Só confusão mental, depressão, pressão

A morte da esperança, a senzala, a favela, a viela,

O capitão do mato, o capitão da rota, o capetão em volta querendo me tragar,

O senhor do engenho, o empresário,

Me rendem, me temem e assim sentem o medo

Sim o mesmo medo que sinto de sair, o pânico de viver,

O terror, o pavor, a falta de amor,

E assim sentem a dor de ser o que sou:

PRESO

Na prisão sem muro do preconceito


UM FIO...














Parece que existe um fio onde posso me agarrar
Pra tentar me salvar, te salvar e nos resgatar,
Tento me pendurar nesse fio e me equilibrar
Para que a vida volte a funcionar
Olho esse fio e sei que é a única esperança
Prendo-me e me apego a ele como criança

Esse fio não desfaz a trama
Só aumenta o drama
Fio esse que não me prende a teia
Mas me pega pela veia

Com esse fio faço minha colcha de retalhos
Do nosso passado com a sobra do presente
Não mudei nada, esta tudo como antes,
As fotos, as frases, os recados, os pecados,
Os meus, os seus, os nossos destroços,

Por um fio, em um fio, no meio fio,
Esperei mudanças, na confiança,
E hoje levo lembranças
Mas mesmo assim parece que vejo um fio onde posso me agarrar
Pra tentar me salvar, te salvar e nos resgatar