Quando tudo é simplificado...
Nada mais que o natural.
A vida seguindo seu curso... E eu?
Ainda que as pessoas corram, morram...
Continue o transito parado...
O dia se esvaindo... E eu?
A noite vem tão veloz...
Os automóveis aceleram...
Na esquina, passos alegres! E eu?
Ouço risos perdidos... Vozes, choros...
Mas tudo estático no lugar... E eu?
As castas se unem... Os pares se alegram...
As proles celebram... E eu?
Parece tão frio... Tudo tão inútil... Para mim!
Nada de sorrisos largos... Sem mentira nos olhos...
É madrugada... Estou eu só! No corpo um desejo...
Não há morte ou dor... Somente uma vontade... De você!
Faria o sol parar... O dia não romper... Por você!
Mas a saudade... Não para a terra... Não move a vida... Pra te ter!
Quando as casas dormem... Meu corpo desperta...
As velas luzem... Pra te ver!
Olhar pelas frestas... Entre sons roucos e choros...
A noite vai... Cadê você? As luzes não se apagam...
O dia não raia...
Minha caminhada não quer e não vai seguir sem você!
Meu peito rega uma esperança... Aduba a saudade...
Plantada no vaso da solidão...
Preciso de você!