terça-feira, 29 de junho de 2010

FOI


Um antigo novo amor voltou


Balde de água fria o sonhador ganhou

A cerca branca e a casinha no pé da serra

A lagrima levou

As musicas que embalaram as noites de alegria

Acompanham agora as de melancolia

Triste caminho que escolheu meu coração

Caminhando triste para a prisão

Eterna masmorra onde ficará aprisionado pela eternidade

Morrendo e revivendo na saudade

Sem herói para o resgatar

Nem heroína para amparar

E assim foi

Assim se foi

DESPEDIDA

Resolvi me despedir


Mandar-me embora

Sair fora

Mudar de ares

Esquecer

De tanto me esquecer

Me perdi

De tanto me perder

Me esqueci

Tentando te ganhar

Te perdi

Quero a distância

Ainda que a saudade não me esqueça

Quero esquecer

De me perder e  de lembrar você

quarta-feira, 23 de junho de 2010

AREIA E O TEMPO



Estava cheio, transbordante de ti e para ti

Hoje me sinto como uma ampulheta virada de ponta cabeça

Esvaziando aos poucos, talvez o tempo seja o algoz de tudo o que sinto

Apenas talvez ele seja o carrasco dos meus sentimentos

Não sei se posso me encher novamente

Se as areias da minha confusão vão se misturar e me enlouquecer

Ou será o tempo o remédio pra minha cura

O mesmo tempo que enlouquece é o tempo que cura?

Aquilo que transbordava agora falta, assim como me faz falta sua presença

Consigo ouvir sua voz em cada grão que cai dentro de mim

Metade vazio sigo e quando me virar serei metade cheio

E ainda sim serei a metade cheia correndo pra outra metade vazia



quinta-feira, 17 de junho de 2010

HERESIA

Que mal fiz eu aos deuses
Para até de te ver
Me ver privado?
Que divindades ofendi?
Que crimes pratiquei?
Para nada ter de ti
A não ser a distância
E silêncio

Vago pelas ruas
Sem rumo
Nem destino
Aguardo a aurora
Que não tarda
Para ver se as borboletas trazem mensagens
Ou, quem sabe,
As cigarras
Não estejam querendo me trazer na sua música
Um telex mandado pelo vento

CANSAÇO



Me rendo
Confesso
Cansei de correr atrás do tempo
O tempo que me espere
Agora me ocupo
Caçando borboletas vadias
E meu passatempo predileto
É observar
E dar nomes às estrelas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PEDAÇOS


De quantos fragmentos me fizeram?
   De quantos pedaços me foi dado ser?
     Quantas vezes não pendurei meus sonhos num cabide?

PARA QUEM VIVER


PELO QUE FOI

PELO QUE NÃO FOI

PELO QUE PODERIA TER SIDO

PELO QUE SERÁ

SE TIVER QUE SER

QUEM VIVER VERÁ!

SONETO PARA A MULHER AMADA









Tua voz é a música que me acalma
Sons Longínquos trazidos pelo vento
É a ponte de contato com minha alma
Melodia do meu contentamento

Tua voz, quando a ouço esqueço
Minha vida atribulada, a amargura
É o mais belo cristal, jóia sem preço
Fonte de carinho e de ternura

Tua voz, não me esconde velhos medos
Tuas dúvidas, teus fantasmas, teus temores
Tua desesperança, teus segredos

Mas, saiba que meu coração esta aberto
Para compartilhar as tuas dores
Ainda que eu não possa estar por perto

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ENCANTAMENTO



Não sei o que mais me encanta em ti
Se tua elegância discreta, tua graça
Se tua beleza reta
Quando me abraças

Não sei o que mais me encanta em ti
Se é tua leveza propría
De quem baila ao vento
Ou, quem sabe,
Não serás tu o próprio encantamento?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

QUANDO




Quando eu mais pisava você desacelerou,

Quando eu gritava, você muda ficou,

Quando alegre eu bradava, péssima estava comentou,

Quando meu mundo encontrava cores, gris com sua ausência ficou,

Quando pedi pra ficar perto, me deixou ao acaso certo,

Quando te ofereci flores e uma linda canção, citou seu umbigo e me disse não,

Quando ocupou minha vida e minha mente, disse-me quem sabe casualmente,

Quando a musica era divinamente linda, você vem e finda,

Quando te chamei de sonho de consumo e de meu amor, ao mesmo tempo o que não começara acabou e até qualquer acaso, me deixou